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Centro de Bioinsumos impulsiona agricultura sustentável em Goiás

Especializado em bioinsumos, Cebio investe em pesquisas para substituir insumos químicos por soluções biológicas para o campo (Fotos:

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Com foco em inovação e sustentabilidade, o Estado de Goiás consolida seu protagonismo no desenvolvimento de soluções para a agricultura do futuro. O Centro de Excelência em Bioinsumos (Cebio) lidera pesquisas no Centro-Oeste voltadas à substituição de insumos químicos por alternativas biológicas, capazes de garantir produtividade com preservação ambiental e fortalecimento das comunidades locais por meio de o às novas tecnologias.

Criado há menos de quatro anos com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), o Cebio é um centro público de pesquisa e desenvolvimento voltado exclusivamente aos bioinsumos, sob gestão do Instituto Federal Goiano (IF Goiano).

“A Fapeg não apenas fomentou a criação física e institucional do Cebio. Ela articulou uma estratégia estadual de inovação que inclui territórios vulneráveis, comunidades tradicionais e a promoção da igualdade de gênero e raça no o à ciência”, explica o pró-reitor de Pesquisa e Inovação do IF Goiano, Alan Carlos da Costa.

Estudo do professor do campus Morrinhos do IF Goiano, Nadson Pontes, identificou novos bacteriófagos eficazes no controle da mancha bacteriana do tomate, e conseguiu reduzir a severidade da doença com desempenho igual ou superior ao do insumo químico (Fotos: Fapeg)

Centro de Bioinsumos

O centro possui três Unidades de Referência em Bioinsumos (URBs), voltadas à pesquisa em promotores de crescimento vegetal, controle biológico de pragas e de doenças, e nove Unidades de Transferência de Tecnologia (UTTs), que disseminam essas soluções junto ao setor produtivo. A gestão geral é do IF Goiano, com governança da Pró-Reitoria de Pesquisa da instituição.

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Entre os destaques das pesquisas está o estudo conduzido pelo professor do campus Morrinhos do IF Goiano Nadson Pontes, que identificou novos bacteriófagos eficazes no controle da mancha bacteriana do tomate.

O experimento, publicado na revista Archives of Virology, mostrou que os vírus naturais conseguiram reduzir a severidade da doença com desempenho igual ou superior ao do hidróxido de cobre, um insumo químico amplamente utilizado nas plantações.

Outro estudo, publicado no Journal of Fungi, liderado pelos pesquisadores André Almeida e Flávio Jesus, em parceria com Eliane Quintela, da Embrapa Arroz e Feijão, testou o fungo Metarhizium anisopliae contra o percevejo-marrom na soja.

A pesquisa demonstrou alta eficiência do bioinseticida: 98% de mortalidade dos insetos em poucas horas e redução expressiva dos danos à lavoura.

“Esses estudos comprovam que os bioinsumos têm potencial de substituir os defensivos convencionais com igual ou maior eficiência. Isso é essencial para pequenos e médios produtores que buscam alternativas seguras, sustentáveis e íveis”, avalia Alexandre Igor, diretor-geral do Cebio.

Centro de Bioinsumos impulsiona agricultura sustentável em Goiás
Estudo liderado por pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão, testou o fungo Metarhizium anisopliae contra o percevejo-marrom (na imagem acima) na soja, e demonstrou 98% de mortalidade desses insetos (Fotos: Fapeg)

Perspectivas

Com foco em soluções escaláveis, o Cebio está desenvolvendo um sistema estadual de rastreabilidade e qualidade de bioinsumos, com indicadores de descarbonização em culturas como soja e algodão. Outra frente é a implantação de dois BioBancos Regionais do Cerrado até 2026, que irão preservar microrganismos nativos com aplicações biotecnológicas.

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Também está em expansão o Cebio Academy, programa de capacitação que visa qualificar mais de 300 pessoas por ano em bioinsumos, incluindo estudantes, técnicos e agricultores. A especialização lato sensu gratuita em Bioinsumos, reconhecida pelo MEC, é uma das primeiras do Brasil com foco direto em formação aplicada.

Impacto social e abrangência

Com mais de 400 pesquisadores envolvidos, entre docentes do IF Goiano, Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Catalão (UFCat) e Universidade Estadual de Goiás (UEG), bolsistas e estudantes de vários níveis, o Cebio alia inovação técnica com transformação social.

Mulheres, comunidades quilombolas, povos originários e jovens de territórios tradicionais estão sendo diretamente beneficiados com capacitação e o às tecnologias.

“No Brasil, a produção local de bioinsumos é uma questão de soberania alimentar e ambiental. O Cebio posiciona Goiás como protagonista nacional nesse debate”, afirma Alexandre Igor.

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Fonte: Governo de Goiás

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